Fatos fatídicos (acho essa expressão tão engraçada!) de ultimamente fizeram com que eu me isolasse na roça para clarear um pouco as ideias. Não me isolei, na verdade. Estive sempre com a minha irmã, que é oceano de compreensão e bondade. Ajudou-me muito nessas últimas semanas e serei eternamente grato por isso. Meu amor por ela já era eterno há muitos e muitos anos.
Na roça tinha um rio, muito verde, muitos cachorros, muita comida gostosa, muitas bebidas, e muitos, mas muitos carrapatos!
Entre as minhas reflexões, eu realizei que não há templo mais sagrado do que os braços da família. São pessoas nas quais a confiança transcende o próprio instinto vital, fazendo com que deixemos nossas vidas em suas mãos sem nunca titubear sobre o que poderia acontecer devido a essa ação. São pessoas que sempre quererão o seu bem, por mais que alguns acontecimentos não evidenciem isso.
Descobri também que deve ser humanamente IMPOSSÍVEL alguém não querer ser criança novamente. Ter aquela falta de responsabilidades (camuflada pelos pais, obviamente) que torna a vida tão mais saborosa! A paciência de Jó e a coragem de sujar a idumentária para brincar com os cachorros. A perenal vontade de nadar, por mais frio que faça! O medo e a crença em coisas e fatos inexistentes (inventados justamente para divertir seus criadores!). Mas o melhor é obter o carinho incondicional das pessoas à sua volta sem nenhum tipo de preconceito ou amarras sócio-culturais.
Realizei também que aconteça o que for, nunca vale a pena se desesperar! O desespero é o melhor mecanismo para destruirmos a nós mesmos e nos tornarmos extremamente desagradáveis às pessoas à nossa volta. Ainda mais se for pelos outros! Ninguém pode ser nem tão grande, nem tão mesquinho, nem tão fútil, nem tão cínico, nem tão hipócrita, nem tão incompetente, nem tão mentiroso, nem tão criminoso, nem tão desagradável a ponto de nos tirar do sério. Esse é um erro que jamais cometerei novamente!
Senti que a sorte não é um fator irrelevante para a vida; só devemos aprender a construir a nossa!
Aprendi também que quando nos sentirmos sozinhos, desamparados, sem perspectiva de futuro e sem garra, sem forças para enfrentar a vida que nos bate a porta com seus padrinhos nos chamando para o duelo, nessas situações nos basta a lembrança de que existem pessoas que nos amam. Existem pessoas que nos divertem quando estamos mal. Exitem pessoas que ligam para nos acordar quando temos um compromisso cedo. Existem pessoas que compreendem nossos motivos para atitudes absurdas. Existem pessoas que nos deixam chorar e secam nossas lágrimas.
Bom, sem mais delongas e sem mais reflexões, fico por aqui com aquela sensação de que agora as coisas podem e devem acontecer! E se não acontecerem, elas que se danem! Não preciso de "coisas" para viver mesmo...
Abraços a todos e tudo de bom!
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