quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sobre o mainstream e a chatice

Foi-se uma época, aqui no Brasil, em que fumar era um hábito comum. Comum não, diria até mais que aceitável. Quase um comportamento social (o que a cerveja sempre foi. A parcela da população que bebe porque realmente gosta é bem menor que o número de bebedores atuais). Acontece que, com o passar dos anos, pesquisas foram sendo feitas em torno dos males causados pelo cigarro, e campanhas de conscientização (já explico o grifo) conseguiram reduzir bem o número de fumantes no país.

Acontece que um cerco se instaurou. A caça às bruxas voltou à tona e, como todos adoravam praticar bullying na infância (por mais que não soubessem o nome do que praticavam), nós, pobres fumantes, caímos na berlinda.

O que era conscientização tornou-se arma de soberania na mão de alguns. O não-fumante passou a considerar-se parte "melhor" da sociedade só pelo simples fato de não fumar.

Eu, em particular, sempre fui um fumante educado. Nunca acendi um cigarro em nenhum restaurante nem em ambientes fechados que não houvesse a presença de outros fumantes e que a prática não fosse algo corriqueiro. As leis de proibição para esses tipos de ambientes não afetaram em nada a minha vida.

Existem tantas práticas erradas ou anti-éticas ou até mesmo que atentam contra a própria vida no Brasil! É raro ver pessoas recomendando a outras: "Não corra demais no trânsito", "Não coma muita gordura", "Não fique muito estressado", entre outras. E a batida "Beba com moderação"? Ninguém dá a mínima! Não que possa falar muito, pois também sou um grande bebedor.

Cigarro faz mal? É claro! Está mais que provado. Mas eu tenho CONSCIÊNCIA disso e não preciso de um chato me enchendo a paciência toda vez que quero dar umas tragadas.

Houve centenas de aumentos de impostos sobre os cigarros; estamos impossibilitados de fumar em praticamente todos os ambientes existentes; há universidades que já propuseram a proibição ao cigarro dentro do campus, em ambiente fechado ou aberto; somos alvo de todo o tipo de preconceito que possa existir e aguentar um ar de "sou superior a você, pobre coitado" dos não-fumantes a todo tempo. Faço um apelo, pois: se ainda fumo é porque EU GOSTO! Se quer muito salvar alguém, entre para a Igreja Universal e o salve das garras do Diabo (ou seja militante ateísta e salve alguém das garras da Universal), eu não ligo, mas me deixa fumar meu cigarrinho tranquilo, sim?!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O amor em FORTRAN 90

subroutine love

character*30 :: moralstate, lifestate
integer*4 :: pastsuffering

do while (lifestate == alive)

call fall_in_love
call unanswered_love

moralstate = disillusion

call distance
call time

moralstate = normal
pastsuffering = pastsuffering + 1

endo do

end subroutine love

Desilusão

O sentimento de mais pura desilusão acontece quando palavras em forma de estaca perfuram-lhe secamente o coração acalentado por esperanças vãs.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Não esquente...

Não esquente não: é só álcool e desilusão.
A desilusão faz o olhar parar,
O álcool o tira do lugar.
A desilusão traz as lágrimas aos olhos,
O álcool as faz rolar.

Não esquente não: é só a bombástica mistura de álcool e desilusão.