quarta-feira, 9 de março de 2016

A um certo Gustavo

Amigo, meu amigo... prepotência chamá-lo amigo: muitos anos que não nos vemos. O fato é que não nos conhecemos mais. Mas acredito piamente que as essências permanecem. E sempre me agradei muito de sua essência.

Os carros passam, as folhas ressecam, mas as flores renascem. Digo isso não levianamente: passei por outonos eternos (enquanto duraram).

Os outonos passam. E assim como eu - que há anos não o vejo - estou certo de sua vivacidade e beleza, certo estou também de que muita flores ao seu redor sentem - e adoram - sua fragrância reprimida; adormecida.

Tudo passa - desacreditava eu em meio ao meu (último) outono (e o) mais tenebroso.

Isto hoje para mim é certeza. E tenho certeza que para você também o será. Mas... curta seu outono. Curta da maneira mais rasteira e funesta que você puder. Porque a ressequidão das folhas hão de passar, mas ainda temos de reconhecer sua beleza.

Um grande abraço de um projeto de amigo.