terça-feira, 18 de novembro de 2014

Jardim antropológico

Sigo minha jornada agora em meu jardim
Rego minhas flores toda manhã
Jardim de esperança em um futuro promissor
De flores e folhas coloridas e viçosas
Que belas flores eu tenho!
E ainda estão a desabrochar
Converso com elas e elas em troca
Perfumam minha vida
Com aroma da força da juventude
Dou-lhes água e mostram-me folhas fortes
Entumecidas, do mais saudável verde!
Sigo assim: envelhecendo e morrendo
E aos poucos, ao contrário do natural,
Aos poucos me tornando seiva
Para essas existências maravilhosas!

Verbo to be

Não gosto do ser
Gosto do estar
Eu nunca sou,
Estou
Ninguém nunca é,
Está
O estar escancara a efemeridade das coisas
O ser é estático
Imutável
Irreal.