domingo, 17 de julho de 2016

(pseudo) Amores

As suas cabeças ainda repousam sobre o travesseiro da minha imaginação. Ainda escuto o pulsar dos seus corações com a minha libido. Ainda observo seus corpos nus no espelho da minha alma. Ainda tomamos, todos, as taças vinho ao som de um jazz antigo dos anos 50 enquanto fumamos, todos, nossos cigarros.
Amores, pseudo-amores, frutos de minha criatividade infatil e de minha paixão ancestral, e nascidos na solidão pura e irremediável que escolhi para mim. Vocês vivem em mim, são partes de mim; participaram no que hoje sou. E, me amando como eu me amo, um amor intrínsico, inato e absurdamente real, tomo a liberdade de abandonar o prefixo e chamá-los por o que de fato são: meus amores.

sábado, 16 de julho de 2016

Utopias

Utópicos ou não, todo ser humano necessita de uma utopia para viver. Um motivo; um desafio que o faça prosseguir. Algo que julga impossível de atingir, mas que o motiva a tentar quebrar o impossível.
Para que possa parecer heroi.
Para que possa parecer sobre-humano.
O possível é chato. O possível é possível.
Queremos ultrapassar os limites.
Queremos descobrir.
Queremos desbravar.
Queremos - todos - ser os deuses do nosso novo mundo.
Queremos - todos - criar o nosso mundo.

Esse é o motivo da vida: a busca pelo (quiçá) inalcançável.