quarta-feira, 8 de maio de 2013

Incauto

Um soco no escuro
O vento como alvo
Até hoje não me seguro
Até hoje digiro asfalto

Já sou grande para pensar no tempo
Como grande sanador dos incautos
Como incauto procuro um assento
Onde fique assim sem relatos

Mas como sanar sina que não é doença?
Como tornar certo o que não é errado?
Como matar a fome dos saciados?
Como salvar já amados com acalentos?

É como beijar a boca de já casados
Como subornar os já muito bem pagos
Trazer religiosos astutos para outros magos
Ensinar a proferir decrépitos arautos

Já cansei de lançar a esmo
De pagar bem mais do que o preço
Já cansei desse mais do mesmo
E da lógica? Ah! da lógica!
Quando feliz, dessa eu me esqueço!

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